sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Criatividade para nomes e roupas

Lembranças da vovó. Delícia. Felicidade não tem preço. Encontros. Clássico de sacolinhas. Ser tão caliente. Futuro incerto. Chiquita bacana. A criatividade correu solta na hora de batizar as peças que fazem parte do desfile de roupas conceituais, à cargo dos alunos de Design de Moda da Faculdade Estácio de Sá de Belo Horizonte, uma das principais atrações do II Festival Gastronômico do Mercado Central.

Além de pensar, desenhar e produzir as roupas com produtos encontrados à venda no Mercado Central, os alunos tiveram que escolher nomes que não apenas realçassem os materiais utilizados na confecção, mas que dessem destaque à obra. Originalidade e inventividade contaram muito na hora da escolha, visando sempre chamar atenção para a peça que foi idealizada.


Clássico de sacolinhas e Encontros: nomes tão criativos quanto as roupas

Se alguns nomes são auto-explicativos, como Caminho das Rosas para um vestido feito todo nessa cor, ou Flor de Minas para uma roupa que tem mais de 300 flores bordadas em sua totalidade, outros são mais difíceis de associar com rapidez à peça produzida. É o caso do conjunto Lembranças da Vovó, assim batizado pelo aluno Alex Guimarães pelo uso de panos de prato na saia, panos que ele cresceu vendo sua avó utilizar na cozinha. Ou o vestido de noiva de Yeda Galvão denominado Felicidade não tem preço, uma forma de contrapor a simplicidade da peça com todo o sentimento que envolve o casamento.

O Clássico de sacolinhas – única peça que esteve no desfile do último dia 16 e voltará ao Mercado no próximo sábado, para a segunda leva do evento – recebeu esse nome pelo uso de sacolas plásticas na produção de um vestido longo, clássico. O Delícia, das alunas Letícia Diniz, Rafaela Mascarenhas e Laurejane Sena, tem o mesmo nome da bala cujo papel – mais de 600 – foi usado para a confecção da peça.

No próximo desfile, que acontecerá dia 23, outros nomes criativos foram adotados. Como por exemplo Futuro Incerto, peça dos alunos Lucas Viega e Jéssica Araújo, do primeiro período, que faz um paralelo entre o universo hi-tech e o sertão mineiro. O sertão, aliás, aparece também na obra Ser Tão Caliente, de Wendel Moreira, Márcia Muniz e Patrícia Fantini. A peça, que tem três tipos de pimenta na sua produção – biquinho, dedo de moça e malagueta – remete não apenas ao clima sertanejo, mas à vibração da cor vermelha das pimentas.

Confira no vídeo abaixo o aluno Rafael de Castro falando sobre a escolha do nome de sua peça Acorda Maria, feita em parceria com seu colega Rogério de Oliveira.

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